SALTOS PARA VIVER




Que interessam os insanos saltos para o escuro, os mergulhos do outro lado da lâmina, todos os pulos sem a decência da rede se viver é só uma vez de cada vez?


Não me peçam tino. Não o quero, prefiro rodar até caír tonta e sentir as garras da terra a abraçarem-me como âncoras de naus que se perderam.


É tudo tão relativo, quero ser agora. Amanhã posso estar surda e perder as cores dos ruídos a despontar na Primavera.

AINDA NÃO PASSOU




Tão mais fácil se com o desfolhar dos dias a memória derretesse e levasse o que ainda me lembro, o que ainda custa a entender e magoa. Tão mais fácil se nada fosse importante nem audível quando a música toca e o peito se abre de novo na ferida do que ficou alojado cá dentro e por (te) dizer