PORQUE SIM





Sem comentários.
Apenas porque gosto.
Que afinal é um argumento de peso e vai bem com o mês de Setembro que me forra por dentro.

 

BOA NOITE ESTÓRIA





Dos dias se fazem noite e desta a multiplicação de quantas se quiser na vontade das estórias por contar. Porque afinal, a Lua só se apaga quando se estica o braço e dela se desliga o fio dos olhos abertos para a ver. Boa noite dia, boa noite noite, dorme bem Lua, amanhã regresso para te contar outra estória até adormeceres.

 

SILLY? REALLY?





Em época de loucura, um pouco de organização

CORAR (DE ALEGRIA)





O que dá cor é o que nos faz feliz, alimenta, desenha a alma.
A mim a dança, os passos que se constroem seja em que linguajar os pés os escrevam pelo soalho acompanhada, a solo, de braços erguidos como prece ou no fim dos dedos como imitação de penas tombadas.
O que me dá cor é a palpitação dos sons por dentro, a minha ressonância de alegria.
Hajam passos sempre.

 

FORTE, FORTE COMO MAIO





Tão forte e profundo, tão sentido e vincado como se fossem traços cortados na carne a deixar o rasto das cicatrizes do lembrar, das saudades, do querer, do que poderia ter sido ao regresso nunca caminhado, apenas viver pleno ao ritmo das batidas do coração, tal como Maio ensina, forte, profundo, sentido, amado.
 
 

O TODO DA LUA



 
Naquele tempo o que era importante eram as descobertas, as sombras, trazer claridades ao lado de lá, as noites que se destapavam em dias e estes em promessas de verdade para sempre e todo o sempre até que a morte nos separe ou o amor se parta em dois, porque agora somos um. Como o todo da lua.

AMARGO DOCE



 
Renovação. Inovação. Transformação. Revisitação. Faço-me novo do que aprendi, adoço o que amargou nos lábios palavras robustas que ouso definir como a minha Primavera.

SINGULARIDADES




Quando o coração se alinha com o ritmo da arte e em uníssono disparam soltos o que a sensibilidade não consegue contar de outra forma. Há quem lhes chame loucos. Outros dizem génios. Alguns nada conseguem dizer e nesse silêncio bebem o que lhes é dado, gratos à vida por terem tido a condição de ler, ver, pousar a mão e ouvir. Singularidades.
 

NOVO ANO, MUDA A PENA




Novo Ano, mesmos caminhos, estradas sabidas, mesmo céu, outro azul, um dia descubro outra ave que me conduza o olhar para outros domínios e mesmo achando os mesmos caminhos sempre outros serão porque esta eu já não sou mesmo vestindo o mesmo casaco e sentindo o mesmo frio, outro calor me anima nos olhos que seguem a ave que solta uma pena para a muda.