O SOM DO ARCO-ÍRIS



Sem palavras contadas, sem coreografia. Só passos loucos pela casa fora. São as cores do som.

ATÉ AMANHÃ



O amanhã foram todos os dias que tivemos, todas as manhãs conversadas, todas as explosões no olhar. Sabíamos que era a última vez mas só um teve a coragem de o dizer.

SAUDADE




Som do coração que carambola de sete e resvala no espelho do Rio. Não vás embora. Sem essa saudade o fado faz-se mouro de moira perdida em fés, melancolia de povo que tem palavra única no mundo.
 
 

ESCOLHER



Poder escolher, poder saber, poder amar. Poder ficar ou partir.
Amar é deixar ir.

TODAS





 A passada e as vindouras. O Tejo e o Douro. Tu e eu. Em janelas ou em corações que bordemos nas árvores que encontrarmos por aqui ou ainda nas que dizem haver no paraíso.


A MAGIA DO TEMPO




A magia não tem tempo. É como o som que nos atravessa a memória, sem idade, sem a fealdade dos homens a distorcê-lo. Porque o ouvimos unicamente na singularidade do nosso escutar. Seja a palavra amor seja o estrondo de uma bomba.
 
 

RETORNOS






Não são precisas palmas nem mais tambores a clamarem a corrida a um sitio só, que esta é de um carreiro apenas: A do som que as palavras chamadas pelo tom da saudade no retorno que a chama tem quando a vontade existe no peito e se faz cor do amor ao verbo.