PESADELO





Colcheias e bemóis debatem-se num voo aguerrido contra as paredes do meu sentir.


Nas sombras velozes surge o meu passado incolor, gemidos de séculos em que sofri apertada por outra de mim, armadura de um amor perdido.


Luto contra as sombras da parede, firo punhos e olhares, rompe-se o coração destronado pela melodia da cor.


E no final, do pesadelo apenas restam as gotas de suor. E uma clave de sol deixada para trás.

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